quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Lava Jato: O que não passou nos jornais


Com mais de um milhão de telespectadores, o filme "Polícia Federal - A Lei é para Todos" mostra o que não passou nos jornais sobre a Operação Lava Jato. O filme estreado no dia 07 de setembro de 2017 retrata do início da Operação da Polícia Federal até março de 2016.


Como o próprio subtítulo afirma: “Os bastidores da Operação Lava-Jato”, o filme mostra como a Polícia Federal chegou aos fatos, que depois viraram manchetes.


A ideia de fazer o filme foi do produtor Tomislav Blazic, que se preparava para fazer um filme sobre tráfico de drogas e armas, mas a Operação Lava Jato surgiu logo em seguida. “Evidentemente chamou minha atenção pelo volume de dinheiro envolvido e a corrupção, em minha opinião, deveria ser contada ao público, para que a sociedade possa refletir”, conta Tomi.


O thriller policial foi dirigido por Marcelo Antunez, o mesmo diretor de “Até que a Sorte nos Separe 3”, “Um Suburbano Sortudo” e “Qualquer Gato Vira-Lata 2”.


Com o orçamento de R$ 15 milhões de reais, o filme foi patrocinado por empresários que não tiveram suas identidades reveladas. Além das distribuidoras Downtown Filmes e Paris Filmes, o longa-metragem conta com a colaboração inédita e exclusiva da Polícia Federal, a qual conferiu acesso a detalhes dos bastidores da operação e autorizou o uso de seu logotipo.


Marcelo Serrado interpreta o Juiz da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba Sérgio Moro, o qual foi um dos primeiros a assistir ao filme. Flávia Alessandra interpreta Beatriz, inspirada na delegada da Polícia Federal Érika Marena, que batizou a Operação.


Segundo Marcelo Antunez, os demais investigadores não foram intitulados no filme, pois foram coletados relatos de vários e não seria possível mencionar todos, e isso os levou a criar personagens fictícios.


A narrativa é contada pelo delegado Ivan, interpretado pelo ator Antonio Calloni, que coordena a Operação Lava Jato em conjunto com o Ministério Público Federal. A operação começa a dar resultados quando, interpretado por Roney Fachini, o engenheiro Paulo Roberto Costa, na época diretor de Abastecimento da Petrobras, foi o primeiro grande delator da operação. Quando Paulo foi preso, corria o risco de sua esposa e filha serem presas também, pois estavam envolvidas no esquema de corrupção. Em uma visita à cadeia, sua filha pede para que ele conte tudo que sabe a PF em troca de uma delação premiada.

Além da trama estar focada na Operação, o filme mostra a vida pessoal de Júlio César, representado por Bruce Gomlevisky, que no auge das investigações acompanha sua mãe em quimioterapias.  


Ary Fontoura interpreta Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece no final do filme, quando é retratada a abordagem da Polícia Federal para a sua condução coercitiva ao Aeroporto de Congonhas. A cena demonstra o cuidado que a PF teve em não “vazar” para mídia que Lula estava sendo levado, afinal no final de seu mandato, ele saiu da presidência da república com 87% de aprovação do público, segundo Pesquisa da Sensus.

Ao final do filme aparecem vídeos que ficaram populares na mídia como, por exemplo, o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em pronunciamento feito na sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo disse: "Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo" e termina com o título: Polícia Federal - A Lei é para Todos 2.

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